terça-feira, 16 de setembro de 2014

Comunidades de Prática - parte 3

A negociação de significado (dentro do conceito de CoPs) é composta por dois processos: PARTICIPAÇÃO e REIFICAÇÃO.
Participação: conforme Wenger (1998, p.55) o termo PARTICIPAÇÃO descreve a experiência social de viver no mundo em termos de membro de uma comunidade social, e envolvimento ativo em empreendimentos sociais. A participação não tem fim. Participação, neste sentido, é tanto pessoal como social. É um processo complexo que envolve o indivíduo e o grupo como um todo: suas habilidades, competências, conhecimentos, formas de colaboração, respeito mútuo e senso de responsabilidade.
Nos ambientes de aprendizado, a participação de todos os membros é fundamental para o desenvolvimento das atividades e do aprendizado conjunto. Dependendo do nível de participação o ambiente pode se transformar, estruturar-se conforme as atividades desenvolvidas.
Os grupos podem ser vistos como organismos vivos, como pessoas, que passam por diversos estágios de maturidade (CAPEZIO, 1999, p.46). O nível de participação de cada indivíduo no grupo é modificado de acordo com seus atos. Quanto mais participativo, mais ele estará fazendo parte do núcleo do grupo.

Há vários níveis de participação em uma comunidade, que moldam nossa identidade, conforme Rocha (2001, p.14) podem ser descritos desta maneira:
Grupo Principal: os mais interessados, estão no “núcleo” da comunidade.
Membro Total: indivíduos participantes e que ficam ao redor do “núcleo”.
Participação Periférica: são participantes “novatos” na comunidade, que ainda não se integraram completamente.
Participação Ocasional: indivíduos que estão fora da comunidade participando ocasionalmente.
Acesso Passivo: indivíduos que estão fora da comunidade e não participam de nenhuma atividade. Estes indivíduos apenas se utilizam os materiais produzidos pela comunidade, através do site ou do sistema de Intranet da organização. Um  exemplo é o Chat (salas de bate-papo) dos grandes portais da Internet (IGPapo, por exemplo) que disponibilizam uma ferramenta intitulada Espiar, onde o usuário “assiste” toda a conversa/reunião sem nenhum tipo de participação, ou interação.

Reificação: conforme Wenger (1998, p.58) é o processo de dar forma às nossas experiências pela produção de objetivos que congelam essa experiência em “coisas”.
Nos ambientes de aprendizado a reificação através das atividades desenvolvidas no grupo dá forma ao aprendizado. O conhecimento é repassado a todos os participantes.

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